sábado, 18 de outubro de 2008

Almas Gêmeas

Eu adoro escrever, mas infelizmente escrevo muito menos do que gostaria e por um motivo bem simples: tenho preguiça! ... sim, preguiça. E se você a essa altura está pensando: "nossa, será que ela não se envergonha em falar uma coisa dessa?!?!", a sua resposta é SIM... me envergonho, mas não tem problema, posso perfeitamente conviver com isso huahauhauahuahau
As vezes no trabalho me ocorre aquele turbilhão de idéias, de coisas que poderia escrever aqui, coisas que vi, coisas que vivi, enfim, assunto nunca me falta, o que falta mesmo é a tal da "coragem" no sentido de deixar a preguiça de lado e passar algum tempo na frente do pc fazendo outra coisa que não seja fuçar no orkut, mais no dos outros do que no meu, que seja dita a verdade. Mas agora a pouco, fuçando no youtube, eu achei um vídeo com uma música que gosto muito, mas feito com algumas cenas de um filme que eu adoro: "Amor além da vida" (What dreams may come). Eu realmente gosto muito desse filme porque ele traz vários elementos com os quais eu me identifico muito e fala de amor, de um amor que pode vencer qualquer coisa, superar o impossível, o improvável. Quando somos jovens criticamos nossos pais por coisas que achamos absurdas, colocando aí nesse pacote de tudo um pouco, passando desde o comportamento, até o modo de ver as coisas, de enxergar a vida, enfim... até que chega o dia em que você, já mais velho, se percebe fazendo, agindo e falando exatamente as mesmas coisas... sim, aquelas que você jurava de pés juntos que jamais faria. Pior... você começa a relembrar das brigas, das discussões, aquelas nas quais você sempre achou que estava certo e com uma clareza quase que cruel passa a perceber que realmente estava errado! ... pois é, você percebe que poderia ter evitado tanta discussão, tanta briga, o sofrimento de ambos os lados se tivesse ouvido mais, se tivesse se desarmado, se não tivesse adotado a posição do perseguido e incompreendido.
Esse filme que eu citei fala sobre almas gemêas, uma não consegue ficar longe da outra, sofre a sua ausência, vive incompleta sem a presença da outra. Eu acredito na existência do espírito, acredito que todos temos a nossa alma, e que essa por sua vez não tem sexo, logo se todos temos uma alma irmã que nos completa, ela não tem que ser o oposto do nosso sexo, ou seja, a minha alma gêmea poderia ser qualquer um e eu sei exatamente quem eu queria que fosse: a minha mãe. Nesses 6 anos não houve um dia em que eu não pensasse nela, que não visse algo que me fizesse lembrar dela e em que eu não imaginasse como seria se ela ainda estivesse aqui comigo. As vezes fico imaginando a gente indo pro shopping juntas, como sempre fizemos, aliás, era o nosso programa preferido. Imagino que hoje poderíamos estar conhecendo o mundo juntas, poderíamos estar indo a museus, concertos, exposições, tudo aquilo que ela tanto gostava e que naquela época eu pouco conhecia. As vezes penso no tempo em que perdi em brigas por causa de coisas e pessoas que no final, não fizeram diferença nenhuma na minha vida. Eu realmente queria voltar no tempo, mas como não dá, na medida do possível tento passar a minha lição adiante, mas existem coisas que não se ensina, apenas vive-se para aprender. Me faz bem pensar que realmente existe uma vida após essa e que o nosso amor vai nos juntar novamente porque eu sei que ele é forte o suficiente para isso e tal qual o personagem do Robin Williams, eu faria qualquer coisa para que isso acontecesse.
Ainda no youtube certa vez eu encontrei parte de um poema que resume bem tudo o que sinto e vou postá-lo aqui, não sei quem é o autor e agradeço a gentileza da pessoa que pesquisou até achá-lo na íntegra para poder me mandar... aqui vai:

Esperarei por ti

Esperarei até que os meus olhos doam no avistar ansioso do horizonte,
até que a minha voz sucumba aos gemidos desesperados,
até que os meus ouvidos cessem de escutar as águas que brotam da nascente,
até que a minha memória se apague levando com ela o porquê da espera.
Esperarei por ti até que o céu não seja céu,
até que os mares não sejam mares,
até que a minha vida sejas tu,
até que a minha morte seja a tua ausência,
até que vá vivendo e morrendo a cada instante
porque vivo para ti
e morro sem ti.
Esperarei por ti até que um dia surjas do horizonte que contemplo
para me socorrores dos meus gemidos desesperados,
trazendo na tua boca as águas da mais pura nascente
para inundares a minha memória de esperança eterna.

(autor desconhecido)

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