sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Happy Halloween!!


Happy Halloween!!! ... é, amanhã é dia de recolher os enfeitinhos de dia das bruxas e começar a pensar nos de natal. Eu estava planejando ir à Tóquio, em alguma festinha de halloween, dizem que tem um desfile de rua bem legal, mas ainda estou de molho por causa de uma gripe mooonstro. Aliás, espero que a minha "nuvenzinha negra" se vá junto com o dia das bruxas, porque eita semaninha... aliás, não só essa, pra ser sincera as duas últimas semanas foram FODA! Acho que estou precisando de um banho de sal grosso, melhor que isso, estou precisando encher o meu ôfuro de sal grosso pra ficar lá, de molho. Semana passada percebi que as minhas queridas plantas estavam sendo invadidas por pulgões... brancos e pretos, de todos os tamanhos, milhares deles... não bastasse isso, estou brincando com o Geraldinho quando vejo que os pelinhos da barriga pareciam estar sujos de sangue, quando vou ver, descubro um machucado mega nas banhas do pobre e como desgraça pouca é bobagem, na quarta-feira acordei com a garganta doendo, meio febril, conclusão, lá pelas 23h já estava completamente rouca e lá pelas 4h estava completamente afônica e ardendo de febre... beleza, como quinta já era folga mesmo pensei que descansando um pouco logo iria me recuperar... que nada. Na sexta cancelei a minha aula de japonês e fiquei de cama o dia todo. No sábado de manhã resolvi juntar o resto de força que tinha no meu corpinho gordo e fui até uma loja que tem aqui perto, tipo uma C&C, que vende de tudo. Peguei uma folhinha "bichada" de uma das minhas plantas, enrolei num papel e fui. Chegando lá fucei, fucei, até que achei algo que parecia um remédio para o o tal do pulgão. Na dúvida, chamei uma funcionária, saquei a folha bichada da bolsa e com o meu fluente japonês de 6 palavras perguntei se aquele remédio servia. Bom, depois que a moça mobilizou metade da loja para resolver o problema da estrangeira louca, chegamos a conclusão que aquilo ali servia mesmo. Mico e conta devidamente pagos, voltei para casa. Fui até a varanda e descarreguei o tal do veneninho nas plantas e uma outra parte na minha cara (isso geralmente deve acontecer quando se aplica algo contra o vento, mas deixa pra lá...) Bom, pelo menos o problema das plantas estava resolvido, ou a caminho né, mas e o Gordo?
... bom, o Gordo já estava há dois dias sem dormir direito, com aquela barriga num estado lamentável, ainda tentamos pegá-lo para limpar aquilo, mas ele é rebelde demais pra isso, coisa de adolescente... só sei que me partiu o coração vê-lo ali doentinho, abatido, dormindo sentado para não encostar o machucado na palha, resmungando... e eu por outro lado, completamente podre da maldita da gripe. E assim nos arrastamos semana a dentro, uma e depois a outra, plantas bichadas, rato machucado e Luciana podre de gripe. Bom, praticamente duas semanas depois do início dessa novela mexicana as minhas plantas estão quase livres do pulgão, só uma que não resistiu e acabou morrendo, mas até que foi um saldo bem positivo. A barriga do Gordo está bem mais sequinha, ele já esta comendo, brincando e dormindo normalmente e eu apesar de ainda estar rouca, já estou melhor da tal gripe, talvez mais uma semana e já estarei 100% de novo... fazia tempo que não pegava uma assim tão forte, mas enfim... E hoje resolvi arriscar e fiz o almoço!!! Ontem uma amiga me ensinou a fazer uma salada de maionese... com riqueza de detalhes porque como todos sabem, eu fervo uma água como ninguém... bom, nessa primeira tentativa eu demorei um pouquinho... ahhh, coisa pouca mesmo... o que são duas horas pra fazer uma salada... hauahuahuahuahuahuahau, mas ficou bom. Assei uns pedaços de frango também, mas isso eu já sabia fazer. No final das contas até que tudo ficou bom, sorte de principiante. Valeu pelas dicas Mi!!! Além de uma grande amiga, ela de vez em quando também é a minha sensei de culinária...
Qualquer hora dessas, quando o meu varal não estiver cheiooooo, eu vou tirar algumas fotos das minhas plantosas queridas pra postar aqui... e do Gordinho também.

Beijos gripados para todos!!

sábado, 18 de outubro de 2008

Almas Gêmeas

Eu adoro escrever, mas infelizmente escrevo muito menos do que gostaria e por um motivo bem simples: tenho preguiça! ... sim, preguiça. E se você a essa altura está pensando: "nossa, será que ela não se envergonha em falar uma coisa dessa?!?!", a sua resposta é SIM... me envergonho, mas não tem problema, posso perfeitamente conviver com isso huahauhauahuahau
As vezes no trabalho me ocorre aquele turbilhão de idéias, de coisas que poderia escrever aqui, coisas que vi, coisas que vivi, enfim, assunto nunca me falta, o que falta mesmo é a tal da "coragem" no sentido de deixar a preguiça de lado e passar algum tempo na frente do pc fazendo outra coisa que não seja fuçar no orkut, mais no dos outros do que no meu, que seja dita a verdade. Mas agora a pouco, fuçando no youtube, eu achei um vídeo com uma música que gosto muito, mas feito com algumas cenas de um filme que eu adoro: "Amor além da vida" (What dreams may come). Eu realmente gosto muito desse filme porque ele traz vários elementos com os quais eu me identifico muito e fala de amor, de um amor que pode vencer qualquer coisa, superar o impossível, o improvável. Quando somos jovens criticamos nossos pais por coisas que achamos absurdas, colocando aí nesse pacote de tudo um pouco, passando desde o comportamento, até o modo de ver as coisas, de enxergar a vida, enfim... até que chega o dia em que você, já mais velho, se percebe fazendo, agindo e falando exatamente as mesmas coisas... sim, aquelas que você jurava de pés juntos que jamais faria. Pior... você começa a relembrar das brigas, das discussões, aquelas nas quais você sempre achou que estava certo e com uma clareza quase que cruel passa a perceber que realmente estava errado! ... pois é, você percebe que poderia ter evitado tanta discussão, tanta briga, o sofrimento de ambos os lados se tivesse ouvido mais, se tivesse se desarmado, se não tivesse adotado a posição do perseguido e incompreendido.
Esse filme que eu citei fala sobre almas gemêas, uma não consegue ficar longe da outra, sofre a sua ausência, vive incompleta sem a presença da outra. Eu acredito na existência do espírito, acredito que todos temos a nossa alma, e que essa por sua vez não tem sexo, logo se todos temos uma alma irmã que nos completa, ela não tem que ser o oposto do nosso sexo, ou seja, a minha alma gêmea poderia ser qualquer um e eu sei exatamente quem eu queria que fosse: a minha mãe. Nesses 6 anos não houve um dia em que eu não pensasse nela, que não visse algo que me fizesse lembrar dela e em que eu não imaginasse como seria se ela ainda estivesse aqui comigo. As vezes fico imaginando a gente indo pro shopping juntas, como sempre fizemos, aliás, era o nosso programa preferido. Imagino que hoje poderíamos estar conhecendo o mundo juntas, poderíamos estar indo a museus, concertos, exposições, tudo aquilo que ela tanto gostava e que naquela época eu pouco conhecia. As vezes penso no tempo em que perdi em brigas por causa de coisas e pessoas que no final, não fizeram diferença nenhuma na minha vida. Eu realmente queria voltar no tempo, mas como não dá, na medida do possível tento passar a minha lição adiante, mas existem coisas que não se ensina, apenas vive-se para aprender. Me faz bem pensar que realmente existe uma vida após essa e que o nosso amor vai nos juntar novamente porque eu sei que ele é forte o suficiente para isso e tal qual o personagem do Robin Williams, eu faria qualquer coisa para que isso acontecesse.
Ainda no youtube certa vez eu encontrei parte de um poema que resume bem tudo o que sinto e vou postá-lo aqui, não sei quem é o autor e agradeço a gentileza da pessoa que pesquisou até achá-lo na íntegra para poder me mandar... aqui vai:

Esperarei por ti

Esperarei até que os meus olhos doam no avistar ansioso do horizonte,
até que a minha voz sucumba aos gemidos desesperados,
até que os meus ouvidos cessem de escutar as águas que brotam da nascente,
até que a minha memória se apague levando com ela o porquê da espera.
Esperarei por ti até que o céu não seja céu,
até que os mares não sejam mares,
até que a minha vida sejas tu,
até que a minha morte seja a tua ausência,
até que vá vivendo e morrendo a cada instante
porque vivo para ti
e morro sem ti.
Esperarei por ti até que um dia surjas do horizonte que contemplo
para me socorrores dos meus gemidos desesperados,
trazendo na tua boca as águas da mais pura nascente
para inundares a minha memória de esperança eterna.

(autor desconhecido)

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Para você que tem aquele irmão mala, aquele amigo Joselito, aquele vizinho sem noção... saiba que você não é o único a ser uma vítima da inconveniência alheia... kkkk


sexta-feira, 22 de agosto de 2008

A música japonesa tem muita força no país. Você coloca na MTV Japan e a maior parte da programação é dedicada à música nacional, e sinceramente não deixa nada a desejar. O Japão tem ótimos grupos Pop, rock e pasme, reggae e até black (?!?!?!) ... estranho mesmo é ver um rapper japonês, todo a carater, se achando um "mano"...

Entre os grupos que tenho conhecido, um que me chamou a atenção foi o Spontania. Até onde eu sei ele é formado por dois japas que seguem um estilo meio reggae, inclusive o visual de um deles lembra bastante o Bob hauhauhauhuha ... de qualquer forma, eles têm umas músicas bem legais e alguns clipes nem tanto, inclusive um deles está no meu orkut. A música deste clipe que estou postando tem a participação de uma cantora cujo trabalho ainda não conheço muito, mas que também é bem legal. Eu bem que tentei achar a letra da música com a tradução, mas por enquanto vou ficar devendo... O estilo dessa música deles acaba sendo um pouco diferente das demais, mas mesmo assim ficou muuito bom. Então, fica aqui o clipe de umas das músicas que eu mais tenho ouvido atualmente, uma das minhas preferidas por aqui.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Em tempos de lei seca aí no Brasil...

domingo, 20 de julho de 2008

Aventura em Onjuku...





Onjuku é linda. Na minha opinião não deixa nada a desejar comparando-a a algumas das nossas praias, principalmente as de São Paulo. Areia fininha, água limpa, a praia é frequentada por muitos jovens, famílias e principalmente surfistas. Há mais de um mês estavamos planejando essa viagem, conseguimos ajeitar tudo para que fosse na semana do meu aniversário e lá fomos nós. A cidade de Onjuku fica a mais ou menos 2h de onde estamos. Saímos daqui na sexta de manhã, logo depois do trabalho e voltamos no sábado a tardinha. Sem dúvida foi uma viagem muito divertida e eu inclusive não hesitaria em dizer que provavelmente essa tenha sido uma das viagens mais divertidas da minha vida e já vou explicar o porque, mas antes deixa eu contar um pouco mais da nossa aventura. Como não conseguimos fazer reserva antes de ir, Edgar pegou o nome de algumas "pousadas" e acabamos indo assim, sem lugar definido para ficar. Procura daqui, procura de lá... e nada... até que chegamos na praia. Eu não sei como funciona em outras praias por aqui, mas em Onjuku a praia conta com várias barracas que na verdade são uma espécie de restaurante ali mesmo na areia, onde além de comer, você pode pagar para usar um locker para guardar as suas coisas, pode alugar todo tipo de parafernalha para usar na praia como cadeiras, guarda-sol, bóias, etc... além disso, nessas "barracas" você encontra banheiro com vestiário e chuveiro e pasme... até secador de cabelo pra você se arrumar para voltar pra casa. É uma estrutura incrível, muito bem organizada como eu nunca havia visto em lugar algum. Uma dessas barracas tinha justamente o mesmo nome de uma pousada que estavamos procurando, então fomos até lá pra conferir. Edgar espremeu todo o seu japonês para falar com um senhor que aparentemente era o dono do lugar. Agora, já em casa, me ocorreu que depois de tudo, faltou ter perguntado pra ele o seu nome, porque esse senhor foi de uma hospitalidade incrível e ele não foi o único. Eu só sei que ele ligou lá pra tal da pousada que leva o mesmo nome da barraca, mas tinha um problema: como explicar pros dois gaijins como chegar até lá?!?! chama fulano, chama ciclano, até que vem ao telefone alguém que falava inglês, problema resolvido né? ... que nada! Falava uma coisa, a moça entendia outra... até que o tiozão da barraca pega o telefone e a moça resolve que viria nos buscar de carro ali na praia. No meio dessa confusão toda, um senhor japonês nós chamou pra sentar com ele, nos pagou café, tentava porque tentava conversar conosco, mais coitado, não conseguiu muita resposta... aliás, acho que nunca fiquei tão frustrada por não falar japonês, pq se falasse tenho certeza que teríamos ficado horas ali conversando com ele.
Depois de alguns minutos chegou uma moça com uma van pra nos pegar... e dá-lhe estrada... anda, anda e nada de chegar no lugar e a praia cada vez mais longe... como faríamos pra voltar tudo aquilo a pé?? Enfim chegamos a tal pousada e a moça que falava inglês veio falar conosco. Edgar comentou com ela que tinha pensado que a hospedaria ficasse mais perto da praia e que ia ficar meio difícil pra gente voltar tudo aquilo a pé outra vez... eram 3 mulheres nessa pousada: uma senhora, a moça que foi nos buscar e a que falava inglês... só sei que pra nossa surpresa absoluta ao invés de falar: blz então, boa sorte pra vcs... essas 3 começaram a ligar pra um e pra outro atrás de um outro lugar pra gente ficar!!!! E além de procurar outro lugar na concorrência, elas ainda estavam procurando lugares que não fossem tão caros!! Sinceramente eu não esperava por uma recepção dessa... e não parou por aí!! ... depois que encontraram um lugar pra gente ficar, as duas moças ainda nos levaram de carro até lá!!! Chegamos então na outra pousada, essa por sua vez ficava praticamente dentro da praia hauahuhauh, era só sair porta afora, dar 5 passos e já estávamos na areia... Isso que eu estou chamando de pousada, na verdade é uma espécie de albergue... você aluga um quarto, com tv e ar condicionado, mas o banheiro é dividido com todo mundo... mas tudo extremamente organizado.
Depois de instalados, fomos dar uma volta na praia. Como era sexta-feira, tinha poucas pessoas na praia, alguns surfistas...
Andamos, brincamos na água e depois fomos lá comer alguma coisa na barraca do tiozão legal. Outra coisa diferente por aqui é que tem horário pra você sair do mar... no caso de Onjuku, é proibido para os banhistas entrar no mar no período das 17h às 9h, então próximo às 17h nos alto falantes da praia começam a avisar que está na hora de sair do mar e aí então a área fica de uso exclusivo aos surfistas e como tem surfista por lá!! Eu acordei às 4:30h da manhã e dei uma olhada pela janela pra ver como estava o tempo... pra minha surpresa o mar já estava cheio de corajosos surfistas... corajosos sim, lembrando que as águas do pacífico são beeeem mais frias do que as do atlântico, as quais estamos acostumados. Lá pelas 10h da manhã fizemos o nosso check out, pegamos as nossas mochilas e fomos lá pra barraca do tiozão. Deixamos as nossas coisas no locker, alugamos um guarda-sol e fomos curtir os 30 e muitos graus do verão japonês. Sabadão, segunda-feira aqui é feriado (dia do mar), logo... praia CHEIA!!! Ahhhh, vale comentar que como era sábado, a barraca do tiozão estava com todo o seu staff, coisa que não tinha no dia anterior, então logo que chegamos por lá e fomos atendidos, o tiozão já veio, nos "apresentou" ao rapaz, garantindo assim que seríamos muito bem tratados e servidos.
Agora vem a parte onde eu explico o porque dessa viagem ter sido uma das mais divertidas da minha vida. Eu já tinha lido em um blog sobre um hábito muito peculiar dos japoneses no que diz respeito a praia: eles adoram bóias!! sim... bóias!! ... de todos os tamanhos, cores, desenhos, formatos... bóias. E não estamos falando de crianças, estamos falando dos adultos mesmo... jovens, moças e rapazes, senhores e senhoras de idade e claro, as crianças também. Quem não tem uma bóia, logo trata de alugar uma. E como eles se divertem na água!!! Não tem como colocar em palavras como é fantástico vê-los brincando na água... com certeza é muito diferente do que estamos acostumados no Brasil... Há quase 30 anos eu vou à praia e nunca, nunca vi pessoas se divertindo tanto no mar como vi nessa viagem. É contagiante ou como se diz em japonês: Sugoi!!! Cada onda é recepcionada por uma sucessão de gritinhos e lá vão eles onda abaixo em suas bóias e pranchinhas... é como eu disse, não tem como explicar tal visão... é simplesmente muuuuito divertido!! ... tenho que dar o braço a torcer, eles podem não ter praias tão bonitas quanto as nossas, mas sem dúvida alguma, sabem se divertir nelas muito mais do que a gente. O legal é que ninguém repara em ninguém... vale tudo, os mais branquinhos entram na água de blusa de manga longa e chapéu pra se proteger do sol, os mais tímidos ou despreparados entram de roupa mesmo, meninos passam bronzeador uns nos outros sem aquela coisa latina machista de que isso é coisa de bicha... enfim, todo mundo se diverte muito, do jeito que quiser e achar melhor...

RESUMO DA VIAGEM:

- Encontramos um pedacinho do paraíso perto de casa;
- Os japoneses são muito desconfiados com relação aos brasileiros, mas superada essa etapa, eles são extremamente gentis e solícitos;
- Em uma das nossas caminhadas vespertinas encontramos um tubarãozinho morto na praia;
- Aumentou ainda mais a vontade de aprender o japonês pra nunca mais perder a oportunidade de uma boa conversa;
- Próxima vez não esquecer de levar uma bóia!!!

I S2 Onjuku!!!

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Enfim... Lar doce lar!!

Estava parada aqui na frente do pc, quando comecei a olhar ao meu redor, os detalhes da minha casa e fiquei muito feliz com o que vi... Minha casa!! Claro que não é minha de verdade, é só um apartamento alugado, do qual posso ser solicitada a me mudar a qualquer momento, mas não é essa a questão... quando chegamos aqui, não tínhamos nada, tudo isso não passava de cômodos vazios, sem personalidade, sem dúvida era uma casa mas ainda não era um "lar". Não é segredo e tão pouco novidade o quanto foi difícil adaptar-me ao Japão e por mais que eu tentasse eu não conseguia enxergar esse lugar como a minha casa. E aí aos poucos fomos comprando uma coisinha qui, outra ali e assim nasceu uma sala, e depois a cozinha.... mas ainda assim eu não conseguia ver isso tudo como meu, eu me sentia uma hóspede na minha própria casa! E o tempo foi passando... arruma-se uma coisinha aqui e outra ali... e hoje me sinto muito feliz em dizer que talvez em toda a minha vida eu não tenha me sentido tão em casa!!! Olho ao redor e vejo nossas fotos na nossa janela balcão, fotos dos amigos dos quais sentimos tanta falta mas que de certa forma estão todos os dias conosco... continuo olhando e vejo as minha plantas na varanda juntamente com aquele varal cheio de roupas!!! ...continuo olhando e vejo uma das minhas telas na parede, logo na entrada... e por falar em entrada, lá eu vejo uma plaquinha com o nosso sobrenome dando boas vindas e também vejo minha plantinha na janela com uma catavento que comprei ontem... cada detalhe que tem aqui dentro foi escolhido com tanto carinho que hoje tudo aqui transmite muito amor e além disso tem a nossa cara! Ahhhh!!! ontem passamos de dois para três!!! Agora somos Lu, GoGa e Geraldinho - O Hamster!! hauhauhauhau
Talvez pareça bobo da minha parte, talvez só alguém que tenha vivido essa experiência de ir pra outro lugar, longe de tudo e de todos que se conhece sabe como é difícil começar tudo de novo e como é bom poder comemorar a vitória de ter superado isso tudo e dizer sem dúvida: EU CONSEGUI!!! E é isso que estou comemorando hoje... o sentimento de pertencer a algum lugar e a alegria de poder dizer que esse é o meu lar doce lar!!!

sexta-feira, 9 de maio de 2008

A menina e o gatinho... animação japonesa

Há alguns meses eu estava assistindo um programa de variedades que passa pela manhã aqui no Japão e tem um quadro em que eles abrem os e-mails enviados pelos telespectadores que mandam vídeos, histórias, fotos, etc... nesse dia alguém mandou esse vídeo. Quando terminou e voltou para as apresentadoras uma delas estava aos prantos e foi fazer algum comentário sobre o vídeo e não conseguiu conter as lágrimas. Pra quem conhece a cultura oriental sabe que eles têm um amor muito grande pelos "pets". Foi uma das coisas que eu não esperava encontrar aqui. Os japoneses são criados para não demonstrar suas emoções, tanto que até hoje não é difícil ver uma japonesa levando a mão à boca na hora de sorrir, é um movimento automático. O afeto e suas demontrações são reprimidas mesmo em família. Há um tempo atrás uma mulher vendo uma colega dar um beijo no rosto do marido perguntou se no Brasil isso era comum. A brasileira então respondeu que sim e perguntou se ela também não beijava o marido e ela respondeu que tinha vergonha. Questão de um mês atrás a manchete dos principais telejornais era o "escândalo" de um casal que foi pego pela câmera de uma estação de trem ou metrô, não me lembro exatamente, dando um beijo de língua. Os japoneses ficaram chocados com tamanha falta de pudor. Então toda essa afetividade reprimida acaba sendo redirecionada aos pets. Cães e gatos aqui são tratados como pequenas jóias peludas. O mercado de produtos para pets é muito diversificado e as clínicas veterinárias são mais frequentes nas ruas do que os próprios hospitais.
Mas voltando ao assunto do vídeo... não culpo a apresentadora por ter perdido a compostura uma vez que após os comerciais ela já havia se recomposto enquanto eu ainda estava aos soluços... hauhauhauhauha
Eu estava lendo o post de baixo, da minha gatinha e lembrei desse vídeo... pensei em procurá-lo no youtube mas pensei que jamais iria encontrá-lo afinal não tinha o nome do vídeo, nem qualquer outra informação a respeito, a não ser que se tratava de uma animação japonesa que poderia ser da própria pessoa que a mandou por e-mail para o tal programa. Mesmo assim, na minha imensa falta do que fazer, abri o youtube e coloquei gatinho no search... 4,770 resultados e só vídeos engraçados sobre gatos... aí tive a grande idéia de colocar no search animação de gatinho e surpreendentemente eu o encontrei com esse nome tão simples: menina e gatinho.
Não é difícil concluir que a essa altura essa que vos escreve já está com os olhos inchados né... É uma animação simples, apareceu no youtube junto a vários tutoriais de como fazer esse tipo de animação... mesmo para um olhar menos sensível, acho difícil permanecer indiferente à história que ela conta. Fica aqui de complemento para o post abaixo... Senhoras e senhores: menina e o gatinho...


Meu aviãozinho... Teco Teco


Eis uma foto da minha filhota com seu vestidinho de inverno que já não serve mais. Alguns meses depois que saí do Brasil ela foi castrada e segundo meu primo, está bem gordinha. É muito gostoso ter o amor de um bichinho, porque ele é puro, é sincero, ele gosta de você pelo simples fato de você existir e nada mais. Te aceita e ama incondicionalmente com as suas qualidades e defeitos. Sinto falta de acordar com o barulho do seu "motorzinho", de quando ela me chamava pra levantar a coberta, de quando ela "mamava" a sua cobertinha até cair no sono... das suas gracinhas, de quando ela me chamava pra brincar correndo de um lado para o outro e se escondendo, de como ela só tomava banho quando eu a colocava no meu colo e de como ela ficava manhosa quando queria o seu danone. Ela era a última coisa que eu via antes de sair de casa e a primeira que eu via quando chegava pois ela sabia quando eu estava chegando e ia até a porta me esperar... eu entrava e ela dava o seu pulinho na minha perna e saia andando na frente, como que me guiando. Se eu estava no computador, ela estava deitada encima do monitor... se eu estava no sofá ela corria e logo se transformava em um rolinho no meu colo... na hora de dormir eu a chamava e ela era a primeira a chegar na cama e como era bom dormir de conchinha com o meu aviãozinho!!!
Há anos eu guardo um poema que achei na internet... simples, meio infantil, mas muito fofo e que significa muito pra mim. É o nosso poema.

O RONRON DO GATINHO

O gato é uma maquininha
que a natureza inventou;
tem pêlo, bigode, unhas
e dentro tem um motor.

Mas um motor diferente
desses que tem nos bonecos
porque o motor do gato
não é um motor elétrico.

É um motor afetivo
que bate em seu coração
por isso faz ronron
para mostrar gratidão.

No passado se dizia
que esse ronron tão doce
era causa de alergia
pra quem sofria de tosse.

Tudo bobagem, despeito,
calúnias contra o bichinho:
esse ronron em seu peito
não é doença - é carinho.

... o coração dói de saudade
Te amo muito meu aviãozinho!!!

Mar - paixão eterna...



Há alguns dias eu estava olhando umas fotos, relembrando algumas viagens, alguns momentos da minha vida e de repente uma coisa me chamou a atenção. É incrível como a felicidade, a sensação de bem estar nos modifica a aparência!!! Nunca fui fotogênica, até uma certa idade não gostava muito de sair em fotos, fazia o possível para evitá-las. Hoje não tenho mais problema com isso, já estou bem consciente e conformada sobre o que vai sair e com essa coisa de máquina digital, com essa possibilidade de ver de imediato como ficou a imagem e poder apagá-la e tentar novamente, nós, pessoas não fotogênicas ganhamos boas chances... A questão é que analisando as minhas fotos pude perceber que especificamente naquelas tiradas em férias ou passeios na praia eu estava diferente das demais. Sou a mesma em todas elas, todas foram tiradas em momentos felizes da minha vida, viagens com o Edgar, momentos em família, o corpo é o mesmo, o cabelo é o mesmo, tudo é igual, mas nessas da praia existe um algo diferente e difícil de explicar, como se fosse uma aura, uma luz diferente, um brilho a mais. A minha paixão pelo mar vem desde muito pequena. As mais antigas que tenho são dos meus pais indo me buscar na escolinha onde eu fazia o maternal, com o carro cheio daquela parafernalha toda e lá íamos nós pra Caraguá. Chegando lá, eu no auge da coragem e determinação dos meus 4 aninhos pedia pro meu pai colocar as minhas bóias de braço, ou minhas asinhas como eu as chamava, pegava a minha pranchinha de isopor e ia correndo me aventurar à beira mar sempre sob o olhar atento da minha mãe, até que o meu pai me pegava nos braços e me levava com ele mais para o fundo...
Os anos foram se passando, eu fui crescendo e esse amor foi aumentando a ponto de ficar doente toda vez que tinha que voltar pra casa, no final das férias. Hoje, com quase 30 anos ainda choro escondido quando as férias acabam e tenho que voltar pra casa, porque na minha cabeça a minha casa de verdade é onde o mar estiver. Me emociono toda vez que vejo aquela imensidão azul lá do alto da serra, toda vez que escuto o barulho das ondas. Ali, naquele momento eu esqueço dos problemas, do stress, dos medos, das angústias, ali olhando para ele ou envolvida por suas águas eu sou sinônimo de felicidade, me sinto completa, segura, em casa. Eu estava precisando declarar todo esse amor e escolhi fazê-lo aqui, no mundo da lua e para ilustrar escolhi esse vídeo, sobre golfinhos, que peguei no youtube. Espero que gostem!!
P.S: Talvez para quem não tenha Real Player, não funcione o audio do vídeo...

sábado, 26 de abril de 2008

Homenagem aos meus amados chefes...


Essa semana recebi uma cartinha muito da safada por parte da empresa onde trabalho.
Logo na entrada, pra minha surpresa, tinha um envelopinho marcando o meu número (sim, o número, afinal eu sou só a 745 e nada mais além disso). Fui para o meu armário, como de costume, e só lá fui ler a tal cartinha. Estou certa de que várias pessoas já devem ter passado pela mesma situação que eu, de ter os seus esforços recompensados com ingratidão e mentiras. Quem me conhece, quem já trabalhou comigo sabe que não faço nada por fazer, independente de gostar do ofício ou não, sempre procurei dar o melhor possível em cada trabalho ao longo desses anos... aqui não tem sido diferente. Óbviamente que na hora fiquei muito chateada, aliás não só na hora, como durante o resto da noite. Passei as 12h do meu expediente tentando achar respostas que justificassem o desrespeito com o qual fui tratada, mas não achei nada relevante, a não ser o fato de que o meu avaliador foi nada menos do que um sub chefe que entrou na empresa na mesma época que eu. Sub chefe esse a quem ajudei inúmeras vezes em tarefas que ele não se saía tão bem. Sub chefe esse que não sabe nem preencher o quadro de horários fazendo com que vários de nós tenhamos mais de uma função no mesmo horário, em linhas diferentes... Pois é, esse exemplo de competência foi o meu avaliador. E a minha revolta não é só com ele, pq a pessoa que assina a minha gentil carta, por sua vez, não teve a hombridade de vir falar comigo primeiro antes de escrever as doces palavras que hoje habitam a lata do lixo.
Pois é meus queridos, a vida nos prega umas peças inacreditáveis. Eu que trabalhei com grandes psiquiatras, eu que trabalhei com um homem tão correto quanto o nosso amigo Sérgio, eu que tive a honra de trabalhar com pessoas de uma cultura tão superior quanto o Professor Mario e a Rosely, hoje sou obrigada a me submeter ao desrespeito vindo de quem avalia o próximo sem saber fazer o próprio e de quem escreve: "espero que o problema SEJE resolvido".
Pois bem, esse foi o meu desabafo e essa foto também é um convite a todos os indignados como eu a elevarmos o pensamento aos nossos queridos patrões e nesse momento de profunda reflexão e instrospecção desejar o mais sincero: FUCK YOU MOTHER FUCKER!!!!

sexta-feira, 4 de abril de 2008


Que saudade do meu Tremembé!! Peguei essa foto na internet... Av. Nova Cantareira, quase chegando no Açaí... fechei os meus olhos e consegui imaginar cada detalhe, lembrar de cada coisinha que tem por ali...
Essa semana estive pensando o quanto coisinhas tão simples fazem falta... É claro que eu sinto falta das viagens de férias, de final de semana, mas do que eu realmente sinto muita falta é de coisas do tipo: fazer chantagem emocional no escritório do Edgar pra passarmos no Frans Café antes de ir pra casa jantar, de ir pra casa rapidinho na sexta porque sexta era dia de pizza!!! Tinha também os programas de domingo... ahhh domingo... domingo a tarde, nada pra fazer: "Vamos no café cultural?" e lá íamos nós pra santana, passar horas tomando café, olhando os livros, conversando... ou então: "vamos pro DIB?" ..."vamos sim, peraí que vou ligar pro Pedro pra ver se ele quer ir tb..." E lá íamos nós pro DIB... pra fazer nada sabe... olhar a paisagem, linda por sinal, ver o pessoal fazer rapel, conversar... muito bom!
Tinha também o Mango... Pedro, Pri, Helô, Thomaz, Edgar, eu e o meu suco de melancia...
Saudade da Marcia contando os seus sonhos mirabolantes na hora do café da manhã e mais saudade ainda do professor Mario fazendo a interpretação...: "Ihhhh Marcia, isso não é nada bom hein... cuuuidado!!" hauhauahhua
Saudade da Rosely me xingando: "essa viada não tem o que fazer, então resolveu ir pro Japão!!"
São por essas "coisinhas" que vale a pena viver... acho que a felicidade se consiste nesses pequenos detalhes... e enquanto eu não volto pra minha doce rotina, vou tentando descobrir uma nova por aqui...